Blue Eyes V

quarta-feira, janeiro 31, 2007
















DRINKS & SONGS
lisieux

Soul
on the "rock":
derreto ao som do jazz...
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Ella canta jazz
enquanto eu choro
blues...
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
Soul pedra blues
rock balade...
no hit parade
jazz meu coração.

BH - 26.07.2006

segunda-feira, janeiro 29, 2007




















SESTEANDO
lisieux

Junto a ribeiros d'água quero estar
silenciosamente a me lembrar
do tempo de venturas que vivi
quedar-me, introspectivamente
sondar meu coração e minha mente
em busca de algum elo que eu perdi.

Lembrar a infância, fatos e sabores
e ver as cores do meu arco-íris
que ainda brilha em meu interior
anunciando tempos de bonança
depois do temporal que desabou.

Vou me esquecer de tudo que sofri
de todos os meus sonhos, que perdi
na roda-vida das paixões insanas
e retornar ao tempo de criança...

Quero ficar, debaixo do calor
do sol que aquece a tarde preguiçosa...
E esperar um tempo cor-de-rosa
e acreditar que ainda há esperança.

BH - 29.01.07




















SERENATA
lisieux


A lua lá no céu fulgura olhares
brilhantes sobre os velhos violões
e os seus raios claros, cor de prata
intimidam até a luz dos lampiões.


Debruçada na janela, doce e casta,
gentil donzela suspira tristes ais
e arrebata todos os mortais
que lá da rua lhe entoam
serenata.


BH - 26.01.07
(Feita para o Varal nº 06/07 do Lun'as)

sábado, janeiro 27, 2007



BLUES
lisieux

Sons, semitons
frases sem nexo...
sax & sexo.

BH - 25.01.07



BICHO-PAPÃO
lisieux

Noite, negrume
sombras na parede...
Vento nas cortinas,
sons de assombração.
Gemidos sufocados,
susto nas retinas,
lábios secos, sede,
dor no coração...

Eu não temo os mil demônios
que me assolam a escuridão...

A causa da minha insônia,
da aflita taquicardia,
do choro e melancolia
que me roem o coração,
não é o medo da noite
nem minha triste impotência...

O que temo é a solidão...

Apenas a tua ausência
é o meu bicho-papão.

BH – 24.01.07

sexta-feira, janeiro 26, 2007




















LOUCA CAPITAL
lisieux


Pelas ruas muitas caras
e sotaques
Luz, vitrines e cenários
em destaque.

Nas esquinas, mil encontros
despedidas.
Operários e lojistas,
avenidas...

Vis salários, verso, artistas,
cenas, crimes...
Estrangeiros, companheiros,
motoristas.

Nordestinos, japoneses
trambiqueiros.
Sé, meninos, camelôs
patrões, fregueses...

Vilas, túneis e metrôs,
pobres, burgueses...
Lixo, luxo, mil complôs
corridos meses.

Paulicéia desvairada
assustadora...
Aperta o passo, no compasso
da
ga
ro
a
.
.
.
BH - 25.01.07
(Homenagem a uma cidade que eu amo, nos seus 453 anos - Parabéns, Sampa!)

quinta-feira, janeiro 25, 2007





















CAATINGA
lisieux


Meu corpo caatinga, sequidão
anseia a água viva dos teus olhos;
os meus lábios, morna areia,
queriam o oásis do teu beijo.

Mas morro sem teu líquido desejo,
sou cactus, espinhoso e solitário...

Nas sendas do deserto dos meus braços
apenas a poeira densa e quente...

Não há sinal de paz, libertação,
não há trombetas, como a de Sião
nem Canaã, a Terra Prometida...

Só há saudade
a assolar-me a vida.

BH – 23.01.07
06h05

quarta-feira, janeiro 24, 2007



ALGUMA COISA
lisieux

Alguma coisa mais que esse vazio
alguma coisa que preencha espaços
e que complete as peças do joguete
em que se transformou a minha vida.

Alguma coisa que se espalhe pelos cômodos
e possa encher de sons o firmamento
e aque aqueça o triste inverno do meu quarto.

Alguma coisa que seja bem palpável
não seja apenas sombra nas paredes
ou fracos assobios, qual lamentos,
a se espalhar nas persianas pelos ventos.

Alguma coisa que não seja só lembrança
que não seja mentira, nem verdade...
mas que devolva a minha identidade.

BH - 23.01.07

terça-feira, janeiro 23, 2007














VILA RICA
lisieux

Araucárias vão ladeando a estrada
eucaliptos exalam seus odores
comidas típicas a acordar sabores
pedra-sabão, por hábeis mãos moldada...

Cidade de presépio, incrustrada
nos flancos das montanhas alterosas
telhados e paredes cor-de-rosas
ladeiras de difíceis escaladas...

A arte do Barroco nos vitrais
os cárceres, museus... e os objetos
de ouro, diamantes, ou discretos
vasos de barro, sobre pedestais...

A antiga Vila Rica me fascina...
Tão velha e ao mesmo tempo
tão menina.

BH - 23.01.07
















ROSTO
lisieux

O quadro que retrata este meu rosto
é posto sobre o muro de minha alma.

A calma dele foge, a contragosto
e o rosto, com ele mesmo se depara.

É cara esta cobrança de euforia,
se alegria já não pode transmitir...

e o pobre rosto não tem gosto
e quer fugir...

BH - 17.01.07

Composto para o Varal nº 05/2007 do Lun'as

segunda-feira, janeiro 22, 2007
















BILHETE PARA UM ASTRO
lisieux
(para Fallenus)

Astro (que dizes sem brilho)
cruzas os céus do meu sonho
e iluminas meus segundos,
brevemente, qual cometa...
Não és só sol deslumbrado,
também deslumbras meu mundo
e aqueces o meu planeta...

És um astro peregrino
que eu bem sei, tem que ficar
aí preso, em teus lugares...
não tens como acompanhar
meu caminho de projetos
porque teus fardos, concretos,
não cabem nos meus altares...

Porém, meu sol, quando cruzas,
o azul do firmamento
provocas, por um momento,
um tremor na tua estrela...
Tu sabes que também ela
suspira, junto à janela,
contigo no pensamento.

A tua estrela não passa
de luzeiro pequenino
que não concebe o destino
sem o brilho de tua luz.
Somos os dois, inconstantes...
vivamos pois, os instantes,
de Paraíso e de Cruz...

Gravitas no meu espaço
cruzas-me o céu do destino,
embora velho, és menino,
povoas os sonhos meus.
És o teatro que enceno,
és o calor, és sereno
és minha Terra, meus céus...

Por isso, meu astro-rei
muito embora eu creia em Deus
e fuja dos beijos teus
infelizmente, eu bem sei:
não pude fugir de ti...
o intento não consegui
porque já me apaixonei!
BH - 17.11.06

domingo, janeiro 21, 2007



















COMO SABER DO PRAZER?
lisieux
(resposta poética ao Marcial Salaverry - texto de mesmo título)

O verdadeiro prazer não tem medida
não tem idade, nem tem endereço
porque o prazer verdadeiro não tem preço
e é tão fácil tê-lo, pela vida...

Prazer se encontra ao lado da pessoa
a quem amamos, sem pedirmos nada...
É caminharmos com a pessoa amada
inda nos sonhos que a mente nos povoa.

Sentir prazer não tem nenhum segredo!
Só temos que seguir a direção
que nos aponta o nosso coração...
Nos basta apenas não sentirmos medo.

Prazer não é somente gozo, sexo...
nem é o paroxismo do tesão...
O verdadeiro prazer não é complexo:
ele é a entrega, o amor, a doação...

BH - 21.01.07

Mais um dueto com o Marcial, velho "parceiro" e amigo.
Bjokas, santista!

sexta-feira, janeiro 19, 2007













A LUA QUE LÍAMOS NO LAGO
lisieux

“A lua que líamos no lago...o boi bebeu” – Marcos Caiado

A lua que líamos no lago,
o boi bebeu
e eu fiquei aqui, sem um afago
um verso, ou beijo teu...

O fogo que queimava nossos corpos
no lago se apagou
e eu fiquei aqui, virando copos,
afogando o amor.

A lua que líamos no lago
se desvaneceu...
O boi que a bebia
ainda muge, ou já morreu?

O lago que corria, manso,
se secou...
E o fogo da paixão que consumia,
se apagou...

A lua que líamos no lago
pra onde foi?
E em que pasto hoje rumina
aquele boi?

Dize, em que lago hoje se banha
a lua fria,
a mesma lua que um dia
a gente lia?

A lua que líamos no lago
o boi bebeu...
E de nós dois, o que hoje resta?
Eu...

BH - 31.04.04

quinta-feira, janeiro 18, 2007












ALTERNÂNCIAS
lisieux

Ora sou água, ora fogo ardente;
ora sou brisa, ora vento forte;
ora me mostro, estrela reluzente,
ora me escondo, sou temor da morte.

Um dia sou alegre; noutro, triste.
Um dia sou espera; noutro, encontro.
Um dia sou muralha que resiste,
no outro, eu abro a guarda, entrego o ponto.

De tardezinha, sou canção de despedida,
que faz perder o rumo, que seduz...
De madrugada eu sou porto, sou guarida,
sou a estrela do Oriente, que conduz.

Às vezes eu me perco... outras me acho;
às vezes eu odeio... e outras, amo;
às vezes as angústias eu despacho
e outras eu me entrego e não reclamo.

Assim eu vivo, nessas alternâncias...
Um dia muito bem, no outro mal.
Pois sou feita de extremos, discrepâncias,
sou humana, vou volúvel, sou dual.

BH - 05.07.06

quarta-feira, janeiro 17, 2007















SE
lisieux


Se ao teu nome eu atrelei o meu,
se ao teu destino uni o meu destino,
se te entreguei meus sonhos de menino
se me aqueci na luz dos olhos teus...

Se no teu corpo encontrei meu ninho,
se em tua boca eu provei do vinho
mais puro e doce e quis me embriagar...

Se em teu abraço encontrei conforto,
do teu regaço em fiz meu cais, meu porto,
e os meus veleiros, deixei ancorar...

Se em tua boca o alimento novo
pude provar e alimentar minh’alma,
se em teus olhos refleti a calma
que eu não conseguia desfrutar...

Se no teu colo tive proteção,
se encontrei eco no teu coração,
como esquecer, amor,
de te lembrar?
05.04.04

terça-feira, janeiro 16, 2007





















SOLIDÃO
lisieux


Solidão, ave de rapina, estende as asas
lança-me brasas, olhares de cobiça...
se espreguiça e se apodera dos espaços,
lança-me laços, me limita os passos,
deixa em pedaços, coração e entranhas...

Coisas estranhas me consomem a alma
levam-me a calma e me corroem o peito.
E, sem direito, solidão me invade,
só de maldade, leva-me a alegria,
traz nostalgia
e mata de saudade!
SBC – 16.08.04

domingo, janeiro 14, 2007














TARDE GRIS
lisieux


Na tarde paulistana,
acinzentada,
a acolhida no café
foi calorosa...

E enquanto a chuva cai
sobre a calçada
cá dentro aquece o peito
- cor-de-rosa –
a amizade nascente,
qual botão...

A poesia
é o adubo dessa planta,
que brota e cresce,
cheia de pujança
no centro do jardim
do coração!

SBC – 28.08.04
19h45m

(para Carlos e Zi)
















IN SOLITUDINE II
lisieux
(lendo Thalma)

Traze até mim teu louco fauno alado,
revela noite afora o teu desejo...
pois também eu, suspiro por teu beijo
e a tua voz me embala, como um fado.

Sussurra o vento, à noite, no telhado,
proclama mil mensagens, sem sentido.
E na parede o fauno, enlouquecido,
desenha cenas quentes do passado.

Mas tu estás tão longe do meu braço!
Não posso aconchegar-te no regaço
nem posso me perder nessa paixão.

Baixinho fico a repetir teu nome.
Sem ti eu vou morrer de sede e fome,
escrava da tristeza e solidão.
BH - 13.01.07

sábado, janeiro 13, 2007




















UN BACIO PER TE
lisieux

Eu vim trazer-te um beijo apaixonado
simbolizando o amor que me consome
e que me faz chamar pelo teu nome
sonhando em ter-te sempre do meu lado...

Trago-te um beijo assim: quente e molhado,
que arde dentro de mim na noite insone
em que, no criado-mudo, o telefone
não toca... nem me traz o teu recado...

E então meu beijo vai, enlouquecido,
nas asas desta brisa matutina
ao encontro do teu corpo adormecido

Penetra no teu sonho, mansamente
os teus sentidos todos, alucina...
Pena que o dia raie, novamente...

BH – 04.11.06 – 23h40
* Foto: Anna e Fernando (direitos autorais reservados!)

quinta-feira, janeiro 11, 2007









FERAS
lisieux

Habitam em mim
indomáveis animais
que urram, perigosos,
por qualquer motivo,
eriçam pêlos
emitem rosnados
mostram afiados dentes...
Mas, sempre se aquietam
quando lhes falo
sobre o vôo dos colibris...

Nova Friburgo
19.04.06

quarta-feira, janeiro 10, 2007















AMOR TORTO II
lisieux

Pois eu te amo de uma forma torta(*)
assim disforme e louca, diferente,
mas quanto mais te amo, tão somente
eu sinto que o que eu sinto não te importa.

E essa forma de amar, que não comporta
os meus anseios, já me faz demente,
mas vou tentando assim, diariamente,
deixar a insanidade atrás da porta.

Um dia hás de sentir que sou sincera
e embora erre muito - quem não erra? -
o meu amor por ti, é grande e puro...

Amor capenga e manco, torto e feio
mas que é capaz de repartir-se ao meio
só pra fazer-te mais feliz... eu juro!

BH - 18.10.05

(*) verso de Paulo Camelo

terça-feira, janeiro 09, 2007












POETA É
lisieux

Poeta é capaz de cavar rima em terra estéril,
de fazer métrica em sonatas dissonantes,
de alçar vôo em desengonçada nave
e atravessar o tempo em asteróides.

Ele é capaz de fazer forçados pousos
em distantes e hostis constelações;
de fazer brotar hortênsias azuladas
em meio a malcheirosos lamaçais
e de perder-se em meios às amplidões...

Poeta é capaz de achar certezas
em meio a mil talvezes
e senões...

BH - 08.12.06

domingo, janeiro 07, 2007














LISIEUX
Thalma Tavares

Teu verso, quase sempre um desafogo,
é triste às vezes e outras hedonista.
É bem urdido e lembra um velho jogo,
no qual quem perde é quem melhor conquista.

Há sempre em teus poemas água e fogo,
sensualidade e sonho idealista.
Em teus motivos lembras Dom Diogo,
a lutar contra o ranço moralista.

Mas tu ficas por trás de teus poemas,
esgrimindo sozinha teus dilemas...
E só quem te ama é quem de fato os vê.

Eu decifro os eflúvios de tua alma.
Por isso o coração mantenho em calma
porque não há quem vença Lisieux!

São Simão – SP – 16/07/2006

Não poderia deixar de postar aqui, uma das mais belas homenagens que já recebi. Obrigada Thalma!











OU SANTOS, OU NADA *
lisieux

Se nós queremos conhecer Jesus
e pretendemos, sem temor, segui-lO,
por essa longa e espinhosa estrada,
queremos caminhar na Sua Luz
no coração, queremos possui-lO,
então temos que ser: santos, ou nada!

Se o Evangelho penetrou em nós,
fez-nos sair de nossos maus caminhos
e nos cortou por dentro, feito espada;
Se pretendemos caminhar após
o nosso Mestre, tal como meninos,
então temos que ser: santos, ou nada!

Se um dia nós quisermos encontrar
o nosso amado e doce Salvador
e entrar no céu, assim, de alma lavada;
na Terra nós devemos perdoar
e espalhar a fé, bondade e amor...
então temos que ser: santos ou nada!

Não temos, meus irmãos, nenhuma escolha;
pois nossa vida não é nossa mais...
Porque ela foi, pelo Senhor comprada.
E nós, sem Ele, somos como a folha
que é carregada pelos vendavais...
E nós temos que ser: santos, ou nada!

E essa Igreja, que hoje se levanta,
precisa ter um coração que canta
e por Jesus ser toda restaurada...
Como Maria, estar assim, sentada,
a aprender, aos pés do Salvador,
gastar a vida, pelo Redentor
pra ser inteiramente santa... ou nada!

BH - 06.01.07

Singela homenagem de uma pastora Metodista ao Padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, mineiro de Delfim Moreira, fundador da Comunidade Bethânia para atendimento a dependentes químicos e aidéticos, que faleceu de câncer neste último dia 04, aos 45 anos.Ele foi exemplo de fé, esperança, alegria e serviço.Que Jesus console os amados de Bethânia e da Canção Nova.

* "ou santos ou nada", é título de uma das canções de Pe.Léo, que também era cantor, compositor, escritor e excelente pregador.

sábado, janeiro 06, 2007














ROSÁRIO
lisieux

De quantos 4 cantos
fiz meu mundo
e quanto é fundo
o abismo, à minha volta?
De quantos 5 infernos
fiz eternos
os meus mistérios,
meus desejos,meus impérios?

De quantos mais 2 meios
fiz inteiros
os derradeiros
sonhos de nós dois?
De quantos 7 céus
tirei meus planos
teci enganos,obscuros véus?
De quantas 3 marias
fiz brilhantes
nossos instantes,plenos de emoção?
De quantos 7 anéis
roubei Saturno
para te dar, em troca da paixão?

De quantos 9 dos planetas
eu consigo
formar novo sistema
planetário?
Que faça órbita
ao redor das muitas luas
do meu imaginário?

De quantos 7 mares
fiz altares
mitos criei -Netunos e sereias ?-
De quantos 4 continentes
fiz fulgentes
raios de sol,por sobre essas areias?

De quantos 2 mil anos
mais preciso,pra suportar o peso
dessa cruz
e os meus muitos conceitos
entender?
De quantas 7 vidas mais preciso
pra qu'eu consiga, enfim,
te esquecer?

BH - 21.04.0403h30m

Inspirei-me no poema de Marcos Caiado, abaixo... Grande Marcos... só não sei porque ele não coloca título nos seus poemas. :o)

quantos cem anos de solidão,
trarei ainda como edredom?

por quantas noites infindas
serão as meretrizes do leblon,
astronautas desse (uni)verso vazio?

sem você qualquer mundo é frio.
sem você nenhum sonho é bom.
(Marcos Caiado)














(IN) FINITO
lisieux

Ínfimo tempo
íntimo momento
íntegro sentimento...

Insustentável passado
insuportável saudade

interminável
pesadelo.

BH - 11.05.05

sexta-feira, janeiro 05, 2007










CACOS
lisieux


Minh'alma
esmagada
pelas paquidérmicas patas
da madrugada...

E os estilhaços,
teimosamente,
inda te lembram...

BH - 07.12.06

quarta-feira, janeiro 03, 2007











detritos
líria porto

cambitos fincados em largas botinas
sandálias de borracha unhas sujas
gestos aflitos andrajos cães porcos
crianças restos humanos

olhos cravados no nada
moscas sobras de comida
plásticos seringas jornais lixo
batizam filhos de deus
em latrinas

nos templos
ouro em demasia

*
Como disse a minha amiga poetaça líria: "tem coisas que ferem mais que faca ou bala perdida"... lindo poema.

terça-feira, janeiro 02, 2007











NASCE O DIA
lisieux

A luz rompeu a madrugada.
Nasce o dia...
Anestesia a alma a claridade,
acordam os sons
e as necessidades diárias
já reclamam solução.

E guardo no porão tua lembrança,
até que a noite venha, qual criança,
agasalhar-se no meu ventre nu.

Eu guardo teu sorriso na memória
e só permito que ele venha à noite
no frio açoite do vento
em meus ouvidos
e nos acordes do meu coração...

e permaneces até o raiar do dia
qual poesia,
embalada na canção...

BH - 23.11.06

segunda-feira, janeiro 01, 2007

LINDO PRESENTE DO LUIZ POETA!















QUANDO O TEU CARINHO ME VISITA
Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barros

Às 17 h e 32 min do dia 30 de dezembro de 2006 do Rio de Janeiro,
- especialmente para o carinho de Lisieux. -


Quando tu me lês e te emocionas,
E me passas tua emoção,
Tuas emoções se tornam donas
Do amor que há no meu coração.

Que posso te dar, senão lirismos,
Gotas da mais pura inspiração...
Redondilhas ou... livremetrismos,
Saudades, alentos... solidão ?

É assim, amiga, que te sinto:
Alma abençoada que conhece
Toda essa dor que às vezes minto
Quando um verso meu se torna prece.

Quando teu carinho me visita,
Uma lágrima bem pequenina
Solta-se e te faz mais infinita
Dentro de uma gota cristalina.

E se choro, amiga, é no meu riso
Que a emoção vai se instalar;
Guardo o teu carinho e te eternizo
Nessa luz que existe...em meu olhar.
...

NO ÚLTIMO DIA DE 2006 E PRIMEIRO DE 2007...

AO DESCAIR DE UM ANO
lisieux

Dezembro se vai...
Olhem ele ali, virando a esquina,
apagando as luzes da rua,
deixando pela calçada
os rastros de sua passagem
e, nas pessoas,
as marcas de tudo o que ano trouxe
de bom, ou de ruim...

Certamente, todos tivemos
momentos de alegria (mesmo que raros)
e momentos de tristeza e dor
que nos fizeram crescer como pessoas,
que nos fizeram reconhecer quantos amigos
nós fizemos e nos foram fiéis
e quantos nos deixaram abandonados pela estrada.

Enfim, estou certa
de que tudo foi aprendizado
e que tudo será contabilizado, com saldo positivo,
no balanço que faremos,
ao fecharmos este ano.

Que nós possamos ser gratos
pelas coisas que conquistamos
e também por tudo o que não tivemos.
Gratos por TUDO...
até mesmo pelas coisas ruins,
porque é através delas
que nós nos forjamos
e nos tornamos mais fortes e determinados.

Dezembro lá se vai, virando a esquina...
Mas, logo ali, aponta outro Janeiro.
E o ciclo da vida se renova.

Que, no novo ano, possamos descortinar
um novo mundo de possibilidades;
Que cada estrela a brilhar no céu de nossas vidas
represente um sonho, uma meta a ser cumprida.
Que cada flor desabrochada
no jardim de nossa existência
represente uma vitória, uma conquista;
Que cada gota de chuva derramada
no solo fértil de nossa alma
seja esperança de renovação.

Que lágrimas de esperança e felicidade,
lavem nossos olhos e nos deixem
contemplar sem véus,
o milagre da vida.
Mas, se sofrermos, se tivermos lutas,
que saibamos enfrentá-las
com coragem e fé.

Que tenhamos, arraigada em nosso coração,
a convicção de que cada ano que nasce
é nova oportunidade que temos
de nos tornar seres humanos melhores:
mais solidários, em vez de solitários;
menos egoístas e mais fraternos;
menos irrascíveis e mais amorosos...
Que possamos entender que nossa missão
é sermos "imagem e semelhança"
daqu'Ele que nos criou
e instaurar o Seu Reino de Justiça e de Paz
aqui na Terra.


Que JESUS, o ÚNICO "Caminho, Verdade e Vida"
ilumine com a Sua maravilhosa Luz
os nossos caminhos, durante todos os dias de 2007.

FELIZ ANO NOVO!!!


- Meu agradecimento e meu carinho a todos os amigos que têm me presenteado com sua atenção, leitura e divulgação dos meus rabiscos. Hoje e sempre, todos vocês têm morada garantida no meu coração.
OBRIGADA!
lisieux -