ALTERNÂNCIAS
lisieux
Ora sou água, ora fogo ardente;
ora sou brisa, ora vento forte;
ora me mostro, estrela reluzente,
ora me escondo, sou temor da morte.
Um dia sou alegre; noutro, triste.
Um dia sou espera; noutro, encontro.
Um dia sou muralha que resiste,
no outro, eu abro a guarda, entrego o ponto.
De tardezinha, sou canção de despedida,
que faz perder o rumo, que seduz...
De madrugada eu sou porto, sou guarida,
sou a estrela do Oriente, que conduz.
Às vezes eu me perco... outras me acho;
às vezes eu odeio... e outras, amo;
às vezes as angústias eu despacho
e outras eu me entrego e não reclamo.
Assim eu vivo, nessas alternâncias...
Um dia muito bem, no outro mal.
Pois sou feita de extremos, discrepâncias,
sou humana, vou volúvel, sou dual.
BH - 05.07.06
1 Comments:
E é essa dualidade que a faz assim:
Nem tão Santa ou pecadora
Nem tão feliz ou sofredora
Apenas Mulher-Pastora
Antes de tudo:POETA!
Bjos
Isabel
By Anônimo, at 12:04 AM
Postar um comentário
<< Home