VITRINES
lisieux
Não vi o meu reflexo na vitrine,
não pude me reconhecer no vidro frio,
nem mesmo sombra tinha
sob a branca luz fluorescente.
O taipe da minha vida
tantas vezes reprisado,
inutilizou-se...
partiu-se a fita, de tão gasta.
Fogos não espoucam...
Suas cores não se elevam,
articiais...
Nem azuis, nem amarelos se traduzem.
A fatal verdade é que,
observando a procissão da vida,
serpenteando adiante e após mim,
só via refletidos
tantos “tus”, todos inscritos,
em (des) graça da minha solidão.
SETEMBRO-03
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home